Bem Vindo!

Bem Vindo!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

frase I

O teu corpo é uma arte repleta de pormenores.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Past, Presente & Future.



Se talvez tentasses perceber o que te digo…nem que fosse por pequenas melodias, suaves e quentes, pequenas… mas potentes. Se soubesses decifrar o meu olhar, reconhecerias a minha dor. Se soubesses falar, enfim, controlar o que dizes, nada tinha tomado este caminho. A fúria da minha mente controla tudo, a raiva do teu ser, estraga-me tudo. A tua voz perturbar-me, mas o teu toque, circula sempre em mim… no passado e no futuro, mas principalmente, no presente. Obrigado por me deixares entre quatro paredes sem portas, encurralado na vida e solto na morte, espalhado na solidão e rasgando o meu coração. As feridas que ficam sempre maiores, bem maiores que eu, nunca mais irão sarar. Contigo, sem ti… para mim passou a ser indiferente. Apenas me sinto bem a narrar o que tu me deste a mim. Lembrando o ultimo beijo que me secou os lábios, lembrando o carinho que transportamos um para o outro, lembrando a cor pálida dos teus lábios, o frio daquela noite estrelada e a chuva desalmada que foi caindo sobre nós. Os nossos dedos entrelaçados já pareciam criar nós, a tua mão sobre a mina cara fazia-me sentir bem e feliz, a cada beijo mais me apaixonava por ti…enfim, passado é passado não é? O que aconteceu já não tem volta a dar. Por vezes nem vale a pena relembra-lo.

Obrigado*

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Dream night.



Sentados, estávamos nós naquele belo restaurante, ouvindo um Jazz calmo e adorável. De velas na mesa e com um aromático incenso. Olhava-te nos olhos, que brilhavam. O contorno preto deles, superavam o meu romantismo. A tua mão acalmava o meu nervosismo, a tua voz, fazia-me apreciar aquela bela noite em pleno Dezembro. Fazia frio e as ruas cobertas de neve estavam. Era o cenário prefeito, para completar certas coisas que pendentes tinham ficado. Voltando ao belo ambiente em que estávamos, nada melhor que ter os teus dedos entrelaçados nos meus, dando suaves festas, um carinho jamais esquecido. Estava a adorar o som daquelas músicas, nada melhor que ter uma banda Jazz ao vivo num jantar daqueles. Mostravam as suas músicas românticas, e traziam com eles um saxofonista muito bom. Que melhor poderia acontecer? Até parecia um jantar criado para ambos.


A conversa ia longa, os olhares mais que trocados, as mãos já suadas de se agarrarem e muitos assuntos já perdoados. O teu perfume mais me cativava, só pensava em largar um beijo nos teus lábios, abraçar-te e dançar contigo o resto da noite. Noite da minha vida aquela… levantas-te para ires á casa de banho, e eu respondo - está bem! -.
Quando vais, encosto o meu queixo às minhas mãos, e penso como seria se já te tivesse beijado. Devia de estar com uma cara de apaixonado, pois Baixista da banda riu-se quando olhou para mim…até fiquei atrapalhado. De seguida ele pisca-me o olho como se estivesse a desejar Boa sorte. Eu abano a cabeça e pisco o olho também num acto de agradecimento!

Chegas, e sentas-te na mesa com a Maior sensualidade possível. Deixaste-me boquiaberto como sempre. Enfim, continuámos a nossa conversa, enquanto comíamos um saboroso Salmão e bebíamos um belo vinho. Conversa, muito paleio da nossa parte. Quanto mais tempo passava, mais eu focava a tua beleza. A tua palavra já me parecia ser bem verdadeira, cada vez mais me seduzias, e cada vez menos eu aguentava. Tudo ficaria ali, somente ali, naquele momento, chego-me à frente e junto os meus lábios aos teus. Que suave toque aquele. Sentia o teu sorriso ao beijares-me, e ouvia a tua felicidade ao sentires-me. Que momento mais belo! Pedi-te para te levantares, e fomos para o meio da pequena pista. Mais uma piscadela de olho recebi eu, desta vez, do empregado de mesa. Dançamos a noite inteira sem um único intervalo.

sábado, 28 de novembro de 2009

Darkness


Quando mais por ti lutei, foi quando mais por ti chorei. Quanto mais por ti ouvi, foi quando mais por ti perdi. Perdi recordações e emoções. Ganhei ilusões e vivi sem razões. Deste-me a conhecer algo que não eras, algo que até te custava ser, porque tentas-te ser o que não és? Talvez hoje sabes que perdes-te metade do que tinhas, talvez hoje sei que lutei por alguém que nunca tive.
Tanto escrevi ao som eléctrico da guitarra, tocada por dedos mágicos e sensíveis. Sentia a melodia daquele som, flutuava na minha mente, escrevia tudo de repente, chorava tudo no momento, berrava tudo sem medo do tempo. Fosse tarde ou cedo, não me importava. Vivia num cubículo completamente ferrado, ouvia as tuas palavras baterem-me nos ouvidos e via o ricochete delas nas paredes. Chamava por alguém que via à minha frente, e que tão distante estava… arrepiava-me aquele vulto preto, com roupas rasgadas.


- Tu..ser das trevas, de mim nada levas. –


Berrava eu para esse vulto, que me parecia ser surdo e mudo. Mantinha-se na mesma posição enquanto eu lhe cantava uma canção… sim porque já nada daquilo era uma discussão. Sem querer, criava versos e refrões, entre choros e empurrões, lamentava a minha vida perante o mais desconhecido, tornava-se contagiante aquele lado negro tão vivido… por seres sem alma e sentimento. Corpos flutuantes e desgastantes, seres trespassáveis e insuportáveis. Libertavam um estranho odor, e expressavam estranhas palavras, sussurravam o medo nos meus ouvidos, libertavam adrenalina suja e cruel. Finalmente percebo que ali estavam, esperando-me para o inferno.

- Senhor, Reis das trevas, a mim onde me levas? –


- Para o além que tanto desprezas.




Obrigado. <3

Foto minha.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Chills.


Talvez porque me afectaste e evitaste, sem razão nenhuma choraste. A tua mente flutuava sobre calmas marés, esperava o bom, que levava ao mau. Andavas sobre pés que não existiam, falavas com pessoas que não se viam. Tudo o que existia para ti, era invisível para mim. Davas a mão a alguém mas para mim, não passava de ninguém. Não me deixava cair pelo ciúme outra vez, estava farto de sofrer dia-a-dia, mês-a-mês. Para ti, quem era eu mais uma vez? Falavas-me de algo, mas eu não entendia, mais uma vez, sentido perdia ao passar de cada dia. Não me davas afecto e cada palavra que me dizias, soava como um dialecto. Tudo o que dizias, era novo para mim, mas no entanto, parecia tudo tão igual… já estava farto de tanta espera, e toda a gente desespera. Já não tinha ideias na cabeça, não sabia o que fazer.



Os teus olhos predominavam a minha mente, meu deus, olhava por ti todos os dias. Agarrava a tua mão dia e noite, ouvia a tua palavra dormindo ou acordado, sentia o teu calor, mesmo sabendo que tudo aquilo era imaginação. Calculava os metros de distância. Imaginava os milímetros que seriam desde a ponta do meu dedo do pé ao teu. Vinham-me milhares à cabeça, que me assustavam.



Dentro do meu quarto, contracenava com uma alma perdida, maléfica e não benzida. Tinha medo todas as noites, Dentro dos meus lençóis, imaginava-te lá comigo. Tinha frio, e precisava de ti. Cada noite é um desafio sem ti..


Ajudas-me a passar apenas mais uma noite de arrepios?



Obrigado . * (foto minha)


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Loveletter.



Hoje, escrevo-te neste papel. Ainda mal comecei e já tenho a mão a tremer, o teu sorriso dá-me algo, dá-me prazer, faz-me feliz, gostava de puder dizer, - não te tenho por um ‘triz’ – apesar de mal sentires algo por mim, penso eu. Olhar, olhar teu, faz-me procurar por ti todos os dias e todas as noites, todas as manhãs e todas as tardes. Olho para ti e imagino o meu coração no teu, digo-lhe suavemente – em chamas ardes. Mas subitamente, vejo o meu coração voltar para mim. Fugiu de ti, intimidou-se com a tua beleza, tão forte era a tua grandeza…deixavas-me paralisado. Nesses momentos eu era um crítico, questionava-me por tudo, criava uma entrevista comigo próprio em que nunca descobria um resultado


Trazias-me um certo interesse, parecia que crescia algo em mim que eu não queria que morresse. Aquele sentimento que predominava a minha cara deixava-me estranho, envergonhado. Deixei de me importar quando me chamavam safado, algo que não era. Estava a iniciar na minha vida uma nova Era. Pudera, nunca tinha tido uma relação positiva até ali, apenas me tinha magoado. Já tanto tinha demonstrado do que poderia fazer por alguém, que já não me admirava nada lutar apenas pelo além.


Será que valeu a pena lutar por ti? Ou foi apenas mais uma praga que alguém rogou por mim? Será que foi suficiente o que eu fiz? Tudo isto… nada te diz?


Nunca te via ao meu lado, estava perdido, em ti ou em nada? Esta..carta de amor, dá-te toda a dor que eu senti, e todos os caminhos que eu percorri, somente para te procurar porque eu só te sabia amar. Hoje sei mais que isso, para ti, sinto-me como um isco, sinto-me a flutuar nas ondas da maré olhando de baixo para cima, ou seja, olhando para ti. Chamando-te e tu ‘cagando-te’. Estava a afogar-me. Mais valia perguntares-me, – Podes perdoar-me? Desculpa-me. -, mas preferiste deixar que me fosse embora, e ainda esperas-te que eu disse-se que agora, já não queria. Mas tudo isso seria uma grande mentira, nem tudo o que eu penso gira. Há coisas que ficam paradas no tempo e outras que desaparecem com o vento. Tanta letra e palavra só para te demonstrar que nem tudo tem que acabar.


Valeu a pena? Desculpa se por ti fiquei muito tempo a chorar, mas a vida traz-nos outras vidas para amar.





domingo, 25 de outubro de 2009

Suicide.


Todos os gritos constantes, que arrepio era aquele? Cortava-me, batia-me, sangrava da cabeça de tanto bater com ela na parede. A minha mãe batia à porta e tentava abri-la, mas tinha trancado a porta, e sua chave, já tinha sido atirada pela janela. Não sei onde tinha a cabeça, mas cada vez mais me agredia, mais chorava, chorava sangue, arrancava cabelos. Mandava tudo à parede e partia tudo. Meu deus, precisava de libertar toda a raiva que se tinha acumulado em mim, chorava tanto que a minha mãe chorava do outro lado da porta. Pedia-me que parasse de destruir o que ela construiu… Eu. Eu pedia-lhe desculpas e dizia-lhe que fizesse a sua vida sem que se preocupasse comigo!
Liguei-te e tu perguntavas o que eu tinha, e eu disse-te que nunca mais me terias. Gritas-te para que eu parasse, mas eu disse-te que a adrenalina já me estava a tirar do normal. Sentia ainda mais que precisava de fazer algo completamente fora do normal, algo que acabaria comigo por completo. Maldita a hora em que me lembrei que vivia no 10º andar.

Virei-me para ti e disse-te:

- Tenho saudades de fazer o que fazia nos meus sonhos…tenho saudades de voar. –

Tu gritas comigo e pedes-me desculpa, mas já nenhuma daquelas palavras faziam sentido na minha vida. Pedi-te que fosses feliz e atirei o telemóvel pela janela, fiquei a olhar para ele enquanto voava e pensei em imita-lo. Corri para junto da porta onde do outro lado estava a minha mãe chorar depois de ouvir tudo aquilo, e disse-lhe baixinho…

- Obrigado por me quereres ajudar, mas todos nós merecemos um fim, ou melhor…todos nós temos um fim. Eu amo-te. –

Andei para a janela que me parecia uma moldura de uma foto, e via chuva e trovoada. Raios e trovões ouvia, cheguei bem perto dela e pensei nas pessoas que chegavam à loucura. Lembrei-me de dizer que essas pessoas não sabiam o que era ter amor à vida. De repente, vejo-me na pele delas, e pergunto, porque tudo aquilo nos dá tanta adrenalina? Subi ao parapeito da janela, e dei um passo pequeno à frente onde tinha uma pedra de mármore. Finalmente estava do outro lado da janela. Estava cansado de estar no mundo. Estava-me a sentir livre de tudo e todos. Só ouvia a minha mãe gritar por mim, comecei a chorar. Pensei no que estava a fazer, pensei que só os malucos cometiam o suicido. Enfim, de repente, vejo um grande relâmpago, e logo de seguida ouço um grande estrondo em cima de mim. Foi de tal maneira forte, que me assustei…desequilibrei-me, e finalmente lá ia eu. Estava a voar, e o meu coração estava a explodir! Custava-me respirar e só dava cambalhotas no ar, arrependi-me de ter subido aquela janela. Cada vez mais se aproximava o chão e os carros. Vejo um táxi amarelo aproximar-se da minha cara, de repente, sinto uma enorme dor e logo de seguida, apago-me. Vejo o meu espírito sair do meu corpo, e vejo uma multidão de gente aproximar-se do meu corpo, o tal táxi… estava despedaçado naquele momento. Imaginem eu, quando acordei e reparei que tudo aquilo não passava de um pesadelo.

Obrigado.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Enough!


Pensava eu… podia isto ser o céu como o inferno. Caminhávamos os dois! Pensava eu por momentos que isso era verdade…afinal, neste tempo todo, fui eu sozinho, sem a tua ajuda, e pergunto-te porquê, se mo conseguisses explicar, agradecia. Mas sinceramente já me estou a lixar para as tuas explicações! Caminhavá’mos’ com todos aqueles obstáculos, com todas aquelas caras feias, que diziam que a vida não valia a pena ser aproveitada, que o melhor, era mesmo deixarmos que o destino nos levasse ao degredo que é onde toda a gente chega mesmo sendo esforçada. Eu esforçava-me, por tudo, mas mais especificamente, esforçava-me por ti. Onde tinha eu a cabeça no dia em que ‘apanhei o primeiro voo’ para o sitio que para mim, era o verdadeiro céu? Apenas os meus olhos focavam a tua imagem, quando a própria se penetrava entre todas as minhas artérias e tendões, enquanto eu entrava em paralisia de tanto medo de ver essa imagem…à minha frente. Obrigado, mas não valeu a pena. Foi apenas mais uma medalha no meu coração de uma vida desfeita, foi apenas mais uma tentativa, que como sempre, corriam mal.

Enfim, nunca se esforcem por algo, e vão ver o que vão ter na vida. Vão ver que vão fazer ASSIM só porque vos apetece e vão ver que o RESPEITO é uma arma muito boa, acima de tudo… Vão perder…abrir os olhos, sentir essa perda no vosso coração e vão reflectir que o – “ ah e tal..” - o ‘Ah e tal’ não resultou. Vão correr atrás e implorar, mas de certo que vão ouvir dizer que tudo na vida tem um limite, e o limite chegou.

Chegou de ser desprezado por algo que há muito havia falhado
Chega mesmo de esgotar as reservas já esgotadas em mim.


Se tens preguiça de me apoiar, Basta de continuar isto sozinho.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dead Memories



Pegava eu na folha em que o branco predominava. Nem um risco tinha, ou seja, perfeita para me deixar começar a descrever-te começando por meros traços e formas. Formas ovais, redondas, rectas, muitas…fazia aquele esboço em que já me parecia uma cara. Começo a contornar esses traços, carregando com o lápis de tanto medo ter de me enganar. Estava chateado e chorava enquanto as lágrimas facilmente me borravam o desenho, mas eu limpava. Muitos traços e contornos já estavam ali expostos, e… começavas-me a parecer tu. Perguntava eu para mim…

- Mesmo depois deste tempo todo sem te ver, como me relembro eu da tua cara? Será porque realmente és linda na minha cabeça? -

Enquanto estava a utilizar a Arte, para te voltar a ver. Pois o reencontro era impossível, mas não queria pensar muito nisso. Criei duas formas ovais naquele rosto pálido da folha, e trabalhei-as. Pouco a pouco, estava a olhar para ti de novo, mas fui obrigado a por um certo brilho neles, pois só de me lembrar de tudo aquilo, ficava triste, e sei que tu também. Ambos estávamos de lágrima no olho naquele momento. Criei dois traços por cima dos teus olhos já concluídos, e desenhei cuidadosamente casa risco das tuas sombracelhas, que suaves eram, brilhantes e perfeitas para os teus olhos. Lembrei-me de um pequeno pormenor, que era a tua linda expressão que se via ao sorrires. Então ao lado dos teus olhos desenhei uns traços muito levemente que me mostravam que sorrias naquele momento. Tinha medo de continuar a desenha-lo, pois tinha medo de ficar imperfeito o que eu queria que ficasse perfeito. Enfim, tracei o teu nariz e lábios. Contornei o teu nariz e finalmente, contornei muito cuidadosamente os teus lábios, quentes e irresistíveis, perfeitos e impossivelmente possíveis de de novo tocar. Todos aqueles traços, me mostravam que estavas ali comigo, mas para mim, já bastava de te desenhar.

Se o teu destino foi a morte, nem valia a pena dar vida aquele desenho, quando ele também ficaria morto.
Foto minha, e sempre que comentarem assinem por favor.
Obrigado ('

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Cold days .



No dia de trovoada, em que a chuva começava a chegar, em que no ar nada se via voar… as despidas arvores que ouviam o trovejar, pareciam de desgosto chorar. Pediam a minha companhia e o meu abraço, sorriam quando me viam e ficavam tristes quando partia. Contava-lhes histórias passadas e sonhos futuros, em que o mundo seria nosso, e em que a felicidade fizesse parte de mim, e delas também. Dizia-lhes também que não se preocupassem com o frio, pois daqui a uns meses teriam de novo as suas lindas folhas verdes e flores, enquanto eu, continuaria na solidão em que me via naquela altura, apesar de estar habituado a ela, já me era indiferente, pois aquelas árvores eram metade de mim, abrigavam-me e falavam comigo, como se não houvesse amanhã. Eu adorava aquele sítio. Era extremamente calmo e nu. Era tão plano que não se avistava nem um relevo a centenas de metros, era tão nu, que tinha apenas aquelas árvores e uma pedra onde eu me sentava. À nossa volta, apenas havia terra e neblina, que impossibilitava-me de ver fosse o que fosse. Adorava sentar-me ali e sentir o fresco vento bater na minha cara, e adorava ouvir o vento passar por entre os ramos daquelas árvores, que pareciam fazer zumbidos. Entre todos aqueles barulhos, sons, toques, ouviam-se palavras de um ser que eu mal via, pois com toda aquela neblina, era impossível ver algo. Sabia que era uma rapariga, pois aquela suave voz não enganava ninguém…ficava maravilhado a ouvi-la, ouvia a melodia que ela construía com a sua voz e as bonitas palavras que exprimia. Era estranho para mim, pois sentia que não estava só naquele momento…sentia que apesar daquelas árvores, havia mais alguém. Pela primeira vez, senti alguém igual a mim, perto de mim. O mais estranho, foi que já não era a primeira vez que tinha sentido a presença de alguém ali, mas nunca me tinha importado muito com isso… enfim, vejo que alguém se aproxima de mim, enquanto canta. Voz linda aquela, tão forte e suave, tocava-me nos ouvidos, era tão impressionante que me fazia impressão. Eu continuei sentado, a olhar para aqueles olhos azuis que brilhavam no nevoeiro profundo. O cabelo dela era preto e grande, vestia um vestido branco meio azulado de tecido seda… enfim, tudo aquilo parecia um filme, até que ela chega perto de mim, e pede-me que me levante. Levanto-me e fico a olhar-lhe…fiquei sem reacção, e ela nada mais me disse. Ficamos leves de todos os horrores que tínhamos passado. Eu estava tímido, pois além de não a conhecer, estava a partilhar algo com alguém mesmo sem nenhum de nós falar. Passado um bom bocado, ela chegasse perto do meu ouvido e eu dou um passo para trás. Fiquei com um certo receio. Mas mal eu dei o passo para trás ela agarra-me no braço. Parei de repente, sem fazer mais nenhum movimento, fiquei perplexo…completamente paralisado. Ela diz-me que tenha calma, e que não me iria fazer mal. Suavemente larga o meu braço e faz-me uma festa na cara, dizendo:

“Somos iguais e vivemos da mesma maneira, ambos falamos e desabafamos com as árvores que nos rodeiam…ambos vivemos no meio deste nevoeiro. Ambos precisamos de alguém, achas que posso passar a fazer-te companhia?”

Eu fico sem saber o que dizer, sinceramente, caiu-me uma lágrima no olho, que de repente congela na minha cara… respondo-lhe de imediato:

“Penso que seria bom enfrentar todo este frio contigo e com elas.”


Esboçando um enorme sorriso que mal consegui evitar…demos um abraço e aquecemo-nos um ao outro naquele dia de chuva e trovoada.
Obrigado e assinem sempre que comentarem por favor. *

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Tears


Mais um dia de escola, em que me isolava de tudo e todos. Entrava na aula, não falava, escrevia os apontamentos e mal participava. Saia da aula, com uma cara desanimada, todos iam ao bar da escola comer uma merenda ou um bolo…perguntavam-me se ia com eles, e eu dizia que não, porque ia ter com uns amigos, quando me ia sentar num canto daquela escola, onde ninguém me chatearia. Lá me sentava, e punha os fones nos ouvidos…punha a tocar aquela música que tu sabias que eu gostava bastante, e cantava-a. Ali relaxava e pensava nos meses que tinham passado, no tempo todo que tinha passado por mim, e falava para mim:

“Estou no degredo…aos poucos vou caindo no meu buraco, como sempre fiz.”

Espetava um murro na parede, com uma força incrível. Reflectia na minha vida, e começa a chorar. Chorava porque sempre tive uma boa vida, e sempre tive uma família, amigos e comida na mesa todas as noites, chorava porque tinha uma cama onde dormir, e chorava por chorar pelo amor. Via sem-abrigos na rua, mas mal via uma lágrima na cara deles, eles sim, não tinham uma cama onde dormir, nem jantar todos os dias, mas apesar disso, não choravam, e eu chorava por amor. Passava por eles e deixava uma moeda nas suas mãos calejadas, pedia-lhes que tivessem força para mais um dia de chuva. Ele olhava para mim e dizia:

“Obrigado senhor.”

Quando me diz aquilo, vejo uma lágrima a cair-lhe no rosto enrugado, com suas mãos tremendo. Vejo a dor que ele levava nos seus olhos carregados e via migalhas de pão no seu casaco. Desde esse dia percebi, que todos choramos, seja pelo o que for.
Aquelas pessoas, que eu considero verdadeiros senhores, transportam mágoa e raiva nas suas lágrimas.
Talvez tenham mais razões para chorar do que nós, que temos muitas coisas em nosso redor. Mas pronto, todos os dias, era assim na escola… a tristeza que predominava a minha maneira de ser, via-se todos os dias, sem escapar a alguém. As minhas lágrimas que eu queria largar não saiam dos meus olhos, quando mais precisava de chorar. Precisava que as minhas lágrimas levassem para fora de mim a tristeza e raiva que sentia, mas não…cá ficavam a fazer-me pensar. Depois de mais uns quantos murros na parede, soltou-se uma lágrima de mim, e aí, começo a chorar sem fim. Tinha a mão negra, mas para alguma coisa serviu.

Queria levar-te comigo para o fim do mundo, mas não te conseguia alcançar…queria escavar o tesouro, mas nem uma pá tinha eu.
Olho para mim ao espelho e vejo que a minha baixa auto-estima cresceu.
Até um dia.


Foto minha,

Obrigado a quem comentar e apreciar. <3
(Se puderem assinar quando comentarem, agradeço. :'x )

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Lost in the city with you.



Eram aqueles olhos que me faziam flutuar sobre a harmonia que criava em mim próprio, era aquele olhar que me deixava completamente fora de mim, fora de tudo o que se podia imaginar. Só de olhar para eles, o meu sorriso rasgava completamente, e nem forças tinha para parar de sorrir. Mas, sorria mais quando aquele olhar, era meu só e só meu…. Sorria, chorava de alegria por ter aquilo, que para mim era único demais, os olhos dela eram as minhas duas jóias sem dúvida alguma. Os contornos, a cor, o brilho que era mais forte que tudo, tinha desaparecido de mim, porque perdi algo jamais recuperável. Que posso eu dizer do teu charme? O teu perfume que me guia até ti, a tua voz que se ouvia entre as ruas daquela cidade, o sorriso que se via a metros de distância e os olhos que brilhavam da ponta de uma avenida à outra. Nessas noites em que a cidade ficava deserta, lembro-me da avenida, que comprida era, e larga também, mas nessas noites nem um carro, nem sequer um táxi amarelo se via por ali. Relembro-me que andávamos na mesma direcção para nos abraçarmos e parecia que ficávamos no mesmo sítio. Tínhamos um sítio tão espaçoso e mal cabíamos ali os dois. Eu gritava para ti dizendo que te queria de volta, tu respondias dizendo que não iria dar, pelo menos naqueles tempos. Choravas, enquanto borravas a tua maquilhagem, reparei nos teus olhos ficarem tristes e o teu brilho desaparecer, e de repente, cais de joelhos sobre o chão e lamentas-te por tudo. Escorre-me uma lágrima pelo olho e mais outra, sensível como sou, começo a chorar. Queria agarrar-te e não conseguia, só pensava porque raio não saímos do mesmo sítio. Gritei bem alto e disse para não chorares, quando me calei, ouvi a minha voz entre todas aquelas ruas…estávamos em tal solidão, que não existia ninguém à nossa volta. Ouvia o teu choro como se fosse um filme de terror, ouvia-o longe e calmo, mas fazia confusão porque era o único barulho que eu ouvia ali. Tinha tanta mágoa… a chuva era intensa a trovoada também, estava uma das noites mais escuras de sempre, nem lua havia. Passado um pouco começo a esticar os braços para ver se tinha algo à minha frente, mas não tinha nada, por isso não percebia porque não andava dali. Com calma estiquei uma perna e outra, e com mais calma fui andando, até que cheguei a ti. Olhas-te para mim e sorris-te com toda a força que tinhas, vi os teus olhos brilharem de alegria! Baixei-me e aconcheguei-te a mim e fechei os olhos e ficamos ali, agarrados um ao outro. Quando voltei a abri-los estávamos no mesmo sitio, mas à nossa volta já existiam pessoas, carros e barulho. Apenas te viraste para mim e disseste:

“Agora já dá.”

E largas-te a expressão mais bonita da tua cara que alguma vez me podias ter mostrado.


terça-feira, 1 de setembro de 2009

Dream or Reality?


…e quando eu dou por mim a sonhar acordado? A sonhar com uma bela tarde de Primavera, sentado contigo num banco, olhando para ti, e olhando para a tua beleza. Dizendo-te as palavras mais bonitas que naquele momento conseguia arranjar, e oferecendo-te a rosa mais bonita que tinha visto naquele altar. Acariciando-te a cara, e sentindo a tua pele macia, sentindo a tua pele enrugar por esboçares um lindo sorriso, deixando escorrer uma lágrima por ali estar contigo no momento em que mais de ti preciso. A cor da rosa que te ofereci, era uma cor morta, desfalecida. Não ficaste triste por ela ser assim, reparei que a guardas-te ao pé de ti com carinho. Não sei o que esperavas que acontecesse naquele momento, apenas sei que te fiquei a olhar nos olhos, e reparei que brilhavam, reparei que depois de tudo, mostravam que estavam apaixonados, não hesitei, devagar encostei os meus lábios aos teus, fi-lo, porque não aguentei. Ambos agarramos na mão um do outro. Sentia a tua mão escorregadia, estavas nervosa e transpiravas, tal como eu. Talvez fora o beijo mais duradouro que alguma vez tinha dado, estávamos nervosos, reparei na tua forte e rápida respiração, interrompi, olhei para ti mais uma vez e disse – Tem calma. – e sorri, tu retribuis-te o sorriso, e beijaste-me. Mais uma vez interrompi, fiquei a olhar para ti e comecei a chorar. Tu perguntaste-me o que se passava, e eu simplesmente te perguntei…

“achas que podes fazer deste sonho, uma realidade?”

Fiquei a olhar para ti e tu para mim, até que tu te levantas e te vais embora.
Eu reparo que não há nada a fazer, levanto-me e volto à dura realidade que me rodeia, sem um beijo teu de despedida levar.

*

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

This is not the end.


Amor mais que amado, mais que construído, mais que falado, mais que sabido.

Amor, mais que sentido, todos os dias, ficava partido. Pedaços eram apanhados por ela, onde os punha de novo no sitio. Ciúmes constantes que ela tinha, e demasiada tristeza por não o ter. Ela olhava para ele, e dizia que tinha pena de si própria. Tinha pena de amar alguém que simplesmente a deixou para trás sem sequer pensar como ela ficaria, sem pensar que ela iria sofrer. Ela sentia todos e todos os dias vontade de lhe falar, mas não sabia o que lhe dizer. Tanto queria dizer que o amava, como queria manda-lo para o inferno. Sentia vontade de beija-lo como sentia vontade de lhe dar uma chapada. Queria abraça-lo mas tinha vontade de lhe pregar uma rasteira e dizer que sentisse a dor de cair de costas, ficar aleijado sem se puder levantar e vê-la ir-se embora sem se importar se ele estava a sofrer, tal como ele lhe fez.


“ Por vezes creio que fizeste isto apenas para não te magoares, mas também não pensaste que ao fazer isto, me irias magoar a mim. Talvez estejas melhor assim sem mim, feliz da vida, talvez todos os dias vais dar uma volta com os teus amigos e amigas, pois já não me aturas, e não me aturando consegues esquecer-me facilmente. Eu cá, mesmo que vá sair com amigos e amigas, tenho-te sempre em mente. Tenho em mente o primeiro abraço que me deste, que tanto desejávamos dar um ao outro. Nunca me sai da cabeça, sinceramente… sei que mesmo que um dia te esqueça, vai bastar olhar para uma foto tua que ficarei logo com o coração aos saltos, então se algum dia te vir de novo, não tenho duvidas que ficarei indecisa no que sentirei. Tenho medo disso. Porque nota-se ao longe que já não me amas como em tempos. Largaste-me sem me dares razões para tal, e já nem falamos. Odeio-te tanto, que te amo eternamente. Ultimamente só choro por ti, choro por já não te ter como eras antes, choro por seres outro comigo e o mesmo com as outras pessoas. Construo melodias impressionantes com o meu violino enquanto choro por ti. Talvez todo este sofrimento me ajude no que mais gosto,

afinal de contas eu nunca conseguia tirar um som do meu instrumento. Mas isto não me trás nada de bom.

Uma melodia de tristeza, trás mais mágoa, enquanto uma melodia de amor nos trás mais felicidade!

Ainda hoje espero um dia ficar contigo, por muito impossível que já me tenhas mostrado ser, desistir para mim não significa nada. Por muito que digas que não me amas, que não me queres ver e que nunca vais sentir a minha falta… eu sei que um dia vais senti-la.

Obrigado por leres esta carta, mesmo que nada do que quero se passe, espero que a guardes bem, para um dia a reveres… beijo”


Ele leu-a vezes sem conta, chorou, falou sozinho e chegou à conclusão, que apenas a deixou de um momento para o outro porque havia vezes que não necessitava dela, pois não sentia a sua falta. Ele reparou que esses actos apenas levaram os dois ao sofrimento. Não lhe respondeu à carta pois tinha vergonha de lhe dizer que sentia saudades suas mesmo depois de tudo o que fez. Ambos ficaram a amar-se sem nenhum saber de tal. Passados uns bons tempos, ele manda-lhe uma carta a dizer tudo isso e que sentia a sua falta, até ao dia em que se viram… abraçaram-se e ela sussurrou-lhe ao ouvido:


“Nada como um amor inacabado, ser de novo começado.”



Mais uma vez, espero que gostem e sempre que comentarem, assinem.

Obrigado, e obrigado Annya pela foto. *

sábado, 15 de agosto de 2009

Change for something, please.


“E porquê? Porque ficas-te assim comigo de um dia para o outro? Ainda à uma semana estivemos juntos, e dizias querer tudo e não querias perder nada. Pediste-me que ficasse contigo para sempre, e disse-te que para sempre comigo ficavas. Não te percebo, nem tu te percebes. Se Já não sentes a minha falta, diz-me isso na cara. Amanhã, apanharei o autocarro e vou ter contigo, pensa no que me vais dizer, assim não te vou fazer perder tempo. Adeus.”


Sentimentos mais que confusos, e vidas mais que unidas. Dúvidas constantes e palavras restantes. Palavras jamais esquecidas, pois foram ditadas por alguém que ama-mos. São situações que certamente recordamos. Todos os dias, mais uma lembrança recortamos. Escrevemo-la e guardamo-la.


- Apanhei o autocarro bem cedo, mal dormi de noite. Queria saber o que ela queria realmente. Fui a viagem toda a pensar que ela simplesmente me tinha esquecido. Esquecido por completo. Mas estava confuso porque já não era a primeira vez que isto acontecia. Voltávamos sempre ao mesmo, e acontecia sempre isto. Estava passado. Estava mal, e fui a viagem toda a chorar. Só queria acreditar que isto era só uma fase estúpida de uma grande e forte relação. Estava impaciente, e só me vinha à cabeça que tinha uma viagem de 4 horas para fazer. Ouvi-a música, mas não me acalmava com ela. Pus-me a escrever no autocarro. Escrevi-a sobre a situação, mas passado um pouco enjoei. Já estava com dores de barriga, e com o enjoo, tive que vomitar numa paragem de serviço. Estava tal e qual como um do doente. O Amor sempre me afectou muito, e naquele momento estava mesmo sem esperanças nenhumas. Passado mais um pouco da viagem, recebo uma mensagem…dela. Perguntava se ia mesmo lá, e eu respondi: “Já não falta muito para aí chegar.”… Ela mandou-me outra mensagem a perguntar o porque de estar a ir assim ter com ela e eu respondi que logo ela viria. Passou uma hora e cheguei a meu destino. Saio do autocarro e entro no outro ao lado que me levaria praticamente a casa dela. Mais meia hora de viagem, ate que chego. Saio do autocarro e sento-me num banco. Mando-lhe uma mensagem a pedir que vá ter comigo, e ela responde dizendo que primeiro eu tinha que explicar tudo aquilo. Eu respondi: “Estou farto que me trates como teu namorado um dia e no outro como um desconhecido, já chega. Quero que me digas o que queres na cara.”. Ela não me respondeu a isso, e passado uns minutos vejo-a a vir até a mim.

Fico sentado e ela senta-se ao meu lado. Dá-me um beijo e fica calada. Olha para mim e diz: -


“Que queres que te diga? Não percebo nada da minha vida. Tanto quero uma coisa como quero outra. E sim, há dias e dias. Mas eu gosto de ti, e tu sabes disso. Não me deixes, por favor, eu sei que já o pedi, mas não me deixes, tenta perceber que sou mesmo assim…”

_


“Gostas de mim ou amas-me? Não sabes o que é sentir isto. Sentir que a pessoa que mais amo e que está comigo tem dupla personalidade. Porque tu sim, tens mesmo dupla personalidade. Falas comigo de formas diferentes a cada dia que passa, e tens noção disso. Mas mesmo tendo noção, não fazes um esforço para mudar. Gostava que todos os dias acorda-se com o teu - Bom dia -, e nem com isso acordo. Há dias que não me dizes nada, porque simplesmente não te apetece falar comigo. É horrível, e gostava que mudasses um pouco, por mim. Porque se não me amas não mudarás por mim. Apenas vais pensar só em ti, e no teu bem-estar. Se te sentires melhor sem falar comigo, vais faze-lo e não vais pensar que ficarei mal. Gostava que pensasses nisso. Deixa de prensar apenas no teu bem-estar. Por favor, faz um esforço por mim se me queres…”

_


“Amo-te, não tenhas dúvidas disso, por favor. E mesmo que só gostasse de ti, mudava, porque tu és mesmo a pessoa que mais gosto na vida, sempre me deste tudo o que te pedi… eu amo-te. As vezes estou em casa e penso para mim que já não sinto a tua falta e que já não preciso de ti. Mas no dia a seguir só quero que venhas ter comigo. Mas existe distância, apesar de o que sinto por ti por isso de lado. Os nossos bons momentos sempre empurraram a distância para longe. Eu quero-te pró resto da minha vida. Desculpa, por favor amor, eu amo-te. Não me deixes. Sei lá, sempre que estiver de uma maneira estranha, avisa-me, pede-me que mude, eu vou-me habituando. Mas preciso de ti, por favor…”

_


“Sei lá se um dia não me deixas. É o que penso sempre que ficas assim. Não conheço o outro teu lado. Não sei lidar com ele, porque me aleija. Eu também te amo e quero-te para o resto da minha vida, e eu não te vou deixar, podes ter a certeza. Eu amo-te… Mudas por mim?

- Ela abraçou-me e prometeu-me que mudaria, ali ficámos, abraçados, como se o mundo nunca fosse acabar. -



Foto minha desta vez. ;p

Obrigado. *

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Together forever?



Tantos anos de espera que uma pessoa desespera. Não saber de ti como se tivesses ficado em cinzas…


“Lembras-te daquele local onde nos encontrávamos sempre às escondidas? Espero lá todas as noites por ti, e tu… Fartaste-te de mim, ou simplesmente isto é um Amor impossível e Proibido? Ou talvez…perdes-te Fé em nós? Tenho tanto para te dar e começo a perceber que nada tenho para receber. Afinal, onde andas tu?”

Falava ele para o céu, mais propriamente para uma estrela. Quando subitamente…

“Estou aqui e sempre cá estive, todas as noites…desculpa ter-te deixado aqui à espera, apenas…perdi toda a Fé como disseste, mas lá no fundo, gosto de ti.
Como também gostava e creio que ainda gosto de sentir o teu toque, o teu beijo e o teu “Amo-te”. Não sei o que sinto nem o que quero. Não me és indiferente, mas também não me és muito…quer dizer, penso eu. "

Diz ela chorando sem saber o que sente…ele dá uns passos para trás e senta-se no muro…:

“Se sonhas comigo é porque tens uma razão para isso, se dizes que me amas é porque o sentes e sim, se me beijas é porque não te sou indiferente. E se ambos sentirmos o toque um do outro, somos capazes de sentir muito mais. Se eu sonho contigo é porque também tenho uma razão para tal. O Amor consegue tocar no nosso coração e desapertar o que o rodeia. O Amor é capaz de nos tirar todos os medos e inseguranças e o Amor por vezes liberta-nos de uma forte tareia. Eu amo-te e isso basta para eu captar a tua presença estejas onde estiveres. Porque achas que falei eu em voz alta para a nossa estrela? Sabia que me ias ouvir…eu sim, sinto o bater do teu coração
Estremecer o chão. Sinto-te em todo o lado…”

...levanta-se e diz:

“Deixa-me senti-los…estejas onde estiveres, vou sentir o teu toque…sempre.”

Avança, abraça-a e beija-a, ambos entrelaçam as mãos e sentem o que o Amor é capaz de fazer. Depois desse beijo, ela diz-lhe:

“Agora, ficarei à espera da tua resposta.”

Com um sorriso na cara, larga a mão esquerda da mão dela mas ela puxa-o pela direita e pede-lhe eu volte, enquanto o acaricia na cara…

“Quero-te a ti, porque só tu me consegues fazer isto. Nunca mais voltarei a ter dúvidas como das outras vezes. Escusado será dizer que não me és indiferente, porque te Amo mesmo! Eu nunca acreditava em ti quando dizias que só perceberia o que queria e o que sentia quando acontecesse algo que me desse respostas. Bastou voltar ver-te, juntar o meu sorriso com o teu, abraçar-te e beijar-te. Mas no entanto sempre tive medo que nunca mais viesses à minha procura, pensei que nunca mais te teria na vida mesmo não sabendo o que queria.”

Ele responde-lhe de imediato:

“Medo…medo tive eu, de não voltar a sentir a tua mão na minha, de não voltar a ouvir as tuas doces palavras, e esse teu toque profundo no meu peito. Tu sabes…tinha medo de te ter perdido para sempre e de nunca mais te voltar a ver. Durante este tempo que desapareces-te já me sentia como que nunca te tivesse visto. Era horrível saber que ali estavas querer falar contigo e não saber o que te dizer, era horrível, porque sentia aquela necessidade de te agarrar, abraçar e beijar, apenas queria ouvir a tua voz…cada vez que me lembro dela, procurava-te, e chorava pelos cantos. Chorar foi a única coisa que soube fazer durante este tempo. Era horrível sentir-te perto de mim e não saber de ti, apenas te queria acolher em mim…Perder-te é a coisa mais horrível que pode acontecer, acredita. Nunca me deixes por favor. Já mo tinhas prometido uma vez e aconteceu o que aconteceu…vamos tentar ser felizes. A cada segundo que passa mais preciso de ti. “

Ela deixa as lágrimas caírem, e promete-lhe que nunca mas nunca mais o vai deixar, pede-lhe desculpa por tê-lo feito sofrer, e pede-lhe o infinito para ambos. Ele diz-lhe que hoje em dia tudo é estranho e diferente, mas que ainda existem histórias de amor. Dão a mão e desaparecem na chuva intensa que caía nessa noite.


Obrigado. *
(Foto da minha irmã.)

domingo, 2 de agosto de 2009

Leave me alone, you just broke my Heart.


“To much pression on me, i’m suffering for nothing… I love you but i’m falling down, this is the end of a life. I want to stay with you, here or there, in the earth or in the heaven, i'm so confused. Bring me… the love, give me your smile, I just want one opportunity. I’m crawling over this pain...”

Escrevia ela no seu Diário, em Inglês que era a sua Língua favorita, apenas não conseguia escrever em Português, pois faltava-lhe a imaginação.


Escrevia sobre a dor que sentia e imaginava-se por caminhos onde se perdia. Falava sobre a sua personalidade e comparava-a à existente diversidade. Contava as suas histórias, todas elas relativamente iguais, e pensava nas pessoas deste mundo… todas elas desiguais.

Chorava pelas vezes que tinha sido traída e pelas relações que não tiveram uma decente despedida. Olhava para o céu à espera que alguém a levasse para lá, mas de lá, ninguém vinha, ela sentada estendia a mão, à espera que alguém a agarra-se, mas mesmo sentindo algo na mão, era apenas imaginação.

Berrava de ódio pelo desprezo com que levava, e sempre adormecia quando chorava.

Triste ficava quando acordava, por apenas saber, que ia passar por um dia igual aos outros sem nada perceber.

Cortes constantes e sangue derramado… de coração amarrado.

Coração esse que era maltratado, e que por ninguém era amado.

Totalmente devastado, perdia quantidades de vida. Vivia todos os dias tapado, e tapado tudo perdia.

Luta por ti e não por eles, pensa em ti e não em toda a gente, se não o fizeres um dia cais de repente. Vais-te aleijar e parar… parar para pensar. Vais chorar e finalmente para a vida acordar. Mas também te vais sentar e lembrar que todos os que te magoaram, passado um tempo nisso repararam, e o teu perdão pediram… Quando tu apenas lhes disseste que tarde viram… a forte asneira que fizeram.

Portanto, já sabes que ele um dia vai abrir os olhos e reparar que tudo perdeu. Perdeu tudo aos molhos, às quantidades, a tudo. Perdeu algo que ainda não esqueceu, perdeu algo que amava e por dias desgostava, perdeu o grande amor da vida dele, mesmo sem o saber que era. Apenas reparou nisso, quando começou a ser tarde.

Ela lamentou e nunca mais chorou.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A part of it.


Muita gente dizia que havia algo de errado em mim, diziam que tinha muito a cabeça em baixo e que me tinha tornado um pouco anti-social a partir de um certo período do ano. Eu não o negava porque era tudo verdade, pedia desculpa por não ser quem era em tempos, mas que tudo voltaria ao normal um dia, quando... não sei.
Já agora, sou o Francisco. e apenas vos quero contar um pouco de situações desagradáveis que aconteceram comigo.

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Conheci uma rapariga pela Internet, e engraçamos os dois um com o outro, falávamos muito, por mensagens e chamadas telefónicas, até descobrirmos que íamos os dois ao mesmo
o festival! Chegou o dia e cheguei ao festival, ela ainda não tinha lá chegado. Estava com o André, o meu melhor amigo, estávamos eufóricos por ver os concertos, e eu ainda estava mais eufórico...e já se sabe porquê. Andamos por lá, aquilo era grande, fomos ver uma pequena banda que estava la pelo meio tocar. Houve um pequeno moche e o André caiu no chão, comecei-me a rir bastante, porque tinha sido o primeiro moche dele, e correu-lhe logo mal! Nesses momentos esqueci-me um pouco dela, mas depois lembrava-me de novo. Enfim, estava mesmo "apanhadinho" e nervoso. Passado um pouco recebo uma mensagem dela, a dizer que já estava a chegar. Fiquei mesmo nervoso, mas mesmo a sério! Nunca tinha estado em tal situação e nem sabia como reagir. Passado um pouco vejo-a e fico a olhar para ela. À primeira vista, achei-a diferente das fotos, mas depois reparei que era igualzinha, devia mesmo era de estar "pitosga". Estava com aquele medo do "Não vai haver tema de conversa, e vamos ficar todos calados...", mas foi diferente, falamos um pouco e depois ela foi ter com outro pessoal, e eu com o pessoal com quem tinha ido de comboio para o Festival! Estava mesmo contente, até o André notou. Nunca tinha estado assim na minha vida, achava que era um sentimento estranho, mas fazia-me sentir muito bem, pois gostava de alguém que nunca tinha visto. Wow, para quem nunca tinha tido namorada, comecei logo pelo mais estranho, mas pronto. Foi tudo na maior, encontrava-a ali no meio falávamos, e esperávamos pelas bandas. Passou o tempo, e já estava na hora, eu e o André fomos pro meio de tudo aquilo e curtimos à brava, e eu ainda levava a maquina para tirar uma ou outra foto de vez em quando. Acabaram os Slayer e estávamos de rastos, mal nos mexiamos, mas ainda faltava ver os Maiden! Lá fomos nós, perfuramos aquilo tudo e fomos la para a frente. Deliramos naquilo, cantamos tudo, e ficamos sem voz, foi fascinante, e o melhor de tudo foi que passei um dos melhores dias da minha vida com o meu melhor amigo, nada melhor podia estar a acontecer. O dia acabou e o concerto também, horas de ir embora, e de me despedir... dela. Lá teve que ser, por muito que me custasse mas foi, despedimo-nos e fomos para casa.

Passado uns dias começamos a sair, íamos sempre ao mesmo sitio, porque também era o sitio mais perto para ambos, visto que não vivíamos perto um do outro. Eu gostava bastante dela, e sentia-me um pouco incomodado, sentia também uma grande vontade de a beijar apesar de não ter coragem para tal, pois também nunca tinha dado o meu primeiro beijo. O tempo foi passando e ela foi sentindo algo por mim, apesar de ter namorado. Namorado que vivia bem longe dali. Uma vez, que foi o nosso primeiro "beijo" que demos, sim porque aquilo mal foi um beijo, foi mais um "bate-chapa", tinha sido no metro, quando eu tive de ir embora. Fiquei a olhar para ela sem saber o que fazer, e tinha mesmo que ir embora, se não as portas do metro fechavam... encostei os meus lábios aos dela numa questão de milésimos de segundos. Fiquei mesmo com uma sensação estranha, e fui-me embora a correr. Muitas trocas de Sms's houveram naqueles momentos, estava cada vez mais apaixonado. Mais tempo foi passando, mais saídas e mais aproximação, mais vontade.. mais medo e muita ansiedade, até ao dia em que nos beijamos um pouco mais a sério se me faço entender, mas continuei com medo na mesma, inseguro, e envergonhado, mas la ia andando. Ate que chegou o dia em que teve que ser... beijamo-nos, e eu atrapalhei-me mais que ninguém! Estava confuso visto que ela tinha namorado e eu não sabia o que fazer, mas deixei ir andando tal como ela. O dia acabou e eu estava contente, muito contente mesmo, como nunca tinha estado. Só achava que tudo me ia correr bem, porque o amor ajudava em tudo, mas apenas estava a começar a acreditar numa coisa que só me faria mal, numa coisa que me ia magoar, numa coisa com que eu viveria para sempre... o Desgosto e o Medo... com muita sorte, poderei viver com a Felicidade. Até ao dia que apanhei um GRANDE DESGOSTO.

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Há que lutar pelo que queremos e pelo que nos faz bem, pois não acreditando, viveremos sempre no mesmo degredo à espera que os outros nos venham dizer isto e aquilo... se não acreditarmos, vamos sim acreditar numa coisa que não dará em nada, pois esforço nosso, é transparente ali. A vossa vontade também transparente é, tal medo vosso inspira todo o vosso desabafo, e quando isso acontece, vocês fecham-se na vossa vida em forma de cubo, e aí, passam a conhecer o Desgosto, a Depressão e o Medo. Três importantes componentes a afastar da nossa vida para que muita coisa corra bem.

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Não pensem que tudo vai ser dificil e não desistam a meio, por muito que custe e dôa, nada neste mundo hoje em dia se adquere com um "toma lá, da cá!". Antigamente os Pré-Históricos lutavam por um pedaço de carne tais "animais" que eram. À uns bons longos anos, o Ser-Humano começou a ter a noção do que é um pedaço de carne e percebeu que para ter um pedaço de carne, tem que se lutar, mas não da forma "Animalesca" como os Pré-Historicos faziam, apenas tinham que ser bons caçadores, enquanto outras pessoas tinham dinheiro e podiam-na comprar. Para terem esse dinheiro tinham que trabalhar. Hoje o ser humano em 100 % apenas precisa de lutar 10 % para ter um pedaço de carne. Mas luta, pois o ser humano tem que trabalhar. Mas se todos os Seres-Humanos agora fossem para casa, cansados do trabalho e dissessem: "Bem, já não vou mais trabalhar, estou farto." - Chegavam ao fim do mês e... viam que faltavam pedaços de carne no congelador, mas porquê? Sim é óbvio,porque foram ingeridos por eles, mas o facto de estar farto de trabalhar vai leva-lo à fome, pois penso que não iríamos ver pessoas em pleno Século 21 a andarem de lanças ou espingardas no meio da cidade para caçar pássaros, no mínimo pássaros, pois hoje em dia, já muitas espécies estão em extinção. Enfim, isto tudo para mostrar que fico indignado com algumas atitudes de hoje em dia, e realmente é triste ver pessoas a desistir de tudo o que lhes é bom, porque pensam que, nada vai resultar. Antes de dizerem "NÃO", tentem, não têm nada a perder, apenas a ganhar. E espero que não faltem pedaços de carne a ninguém.

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Uns simples beijos com umas trocas de língua com língua não mudam nada, não mudam nada como quem diz, o beijo entre as duas pessoas cria o ambiente que se pretende alcançar, dá-nos alguma excitação. Mas por vezes fazem-nos acreditar no tão Bom que é em vez do tão Mau que pode vir a ser. Esses beijos Fazem-nos pensar que agora, somos gente crescida e que podemos lidar com todas as situações, quando as situações é que lidam connosco. A partir do momento em que trocamos um beijo, passamos a ser controlados pelos sentimentos, passamos a ser os verdadeiros escravos do amor, e só o deixamos de ser quando percebemos quem ele realmente é.

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E toda a gente percebe o que eu passei pelos meus textos, não necessito de contar mais pormenores de uma relação que tive, pois também não quero julgar ninguém. Não vou julgar ninguém porque se foi como foi, foi porque a outra pessoa o quis assim. Ao longo daquele ano, passei por duas relações que me correram mal, mas hoje já não me arrependo, pois com aquelas duas relações aprendi a suportar algo mais que o simples "Acabou, não quero mais nada contigo.", aprendi sim a suportar a dor com que fiquei naquela altura. Toda a gente me dizia que tudo corre mal e eu ficava completamente nervoso, mas bem, hoje já entendo que para aprendermos algo sobre o amor temos mesmo que suportar nem que seja uma vez essa dor.
Eu pensava sempre que nunca mais ia amar ninguém na vida, e hoje olho para trás e só agradeço por ter sido como foi, pois hoje estou com quem gosto e já não sofro daquela maneira.


Obrigado pela compreensão pessoal, apenas mais um texto.. que diz tanto como os outros meus... :x Ah, algum erro de escrita, avisem por favor, mas até agora não encontrei nada. E assinem os comentários Por Favor!

sábado, 4 de julho de 2009

Ele.. e ela.


Ele vira-se para ela numa calma profunda, pega-lhe nas mãos e diz-lhe suavemente...

"Agora que estamos juntos
, fecha os olhos, e deixa que a tua imaginação trate de tudo..."

Ela fecha os olhos, e tenta fazê-lo, mas o nervosismo não deixava... abraça-o e diz-lhe ao ouvido:

"Nunca te quero perder, por favor, nunca me deixes."

Ele olha para os olhos dela, e diz-lhe que aquela seria a primeira vez de muitas, mas de muitas mesmo, porque para ele nada nem ninguém o podia impedir de estar com ela, e que se fossem imortais, que ambos se amariam para todo o sempre. Que para ele só existia um amor na vida dele, e esse amor, estava à sua frente. Um amor com muito para dar e receber e um amor que só ele sabia e podia domar. Um amor que era só e só dele. Um amor que era capaz de fazê-lo muito feliz, era talvez o Universo da vida dele, a verdadeira montanha-russa que ele sentia ao vê-la, era com ela que ele perdia as forças como se tivesse corrido 100 voltas sem parar, era com ela que ele pedia para se sentar, porque tal beleza dela o fraquejava. Era por ela que ele sentia saudade mesmo nunca tendo-a visto.
Era com ela que ele queria certamente ter uma vida, uma paixão, um amor do fundo do coração...ele dizia que ela era a pessoa perfeita para a vida dele, porque nela via tudo e no seu sorriso via a vida. A cada batimento do seu coração era um Amo-te que lhe mandava. Muito antes de a ver, ele pensava na situação, e pensava muito no..
"como será?" .. aí sim, ele ficava de tal forma nervoso que só queria ir ter com ela. Mas afinal, porquê tanta vontade de estar com uma pessoa que nunca vira na vida? Não sei, ele não sabe, nem ninguém sabe, o que é verdade é que a vontade é como uma bola de pelos gigante, que vai crescendo à medida do tempo. Cresce tanto e tanto que nos afeiçoamos à pessoa, e aí a vontade vai crescendo mais e mais.

Até que chega o dia que terá mesmo que ser, ele espera que seja como contou ali em cima, porque tudo aquilo foi um sonho... ainda não realizado. <3

quinta-feira, 18 de junho de 2009

I love you, but i can't do that (...)

“Tão longe estás de mim, como tão perto te tenho do meu coração, sabes?”

Disse ele a ela…nunca se esquecendo do seu principal objectivo.

Tal era a paixão por ela…grande e forte, duradoura e sentimentalista, o que lhe fazia lutar a cada dia que passava, e o que o fazia ter mais vontade de um dia puder vê-la e dar-lhe um abraço que ansiava dar desde à muito tempo…todos os dias acordava a pensar nela, e nela pensava enquanto adormecia. Talvez muita gente disse-lhe que o que ele tinha, era panca e não amor. Mas ele ficava de consciência tranquila, pois sabia o que realmente sentia. Será que vos vou contar a história da vida dele? Peço desculpa mas não, apenas vai ser uma parte dela.

A sua força de vontade era grande…muito grande mesmo. Queria sempre ir até ao fim do longo caminho que começava mesmo sabendo das consequências. Queria sempre fazer de tudo, apesar de não puder fazer a maioria das coisas…não tinha medo de cair nos obstáculos que surgiam pois era casmurro. Mas talvez isso fosse positivo por um lado, e negativo por outro…pelo negativo, podia-se magoar bastante mesmo, apesar de ter a consciência disso, mas no lado positivo, tinha a certeza que estava seguro de tudo apesar de puder ouvir o que não queria ouvir a qualquer momento. Sabia que ia ter forças para o que viesse, e apesar da luta, sabia sempre que algo ia acontecer, mas também não se importava com tal, pois tentava passar por cima. Talvez não tivesse tanto medo pois já não era a primeira vez que passava um mau bocado. Sempre que se metia numa coisa, sabia o que podia vir a passar e tudo mais. Por muito bem que ele soubesse que o sentimento da outra pessoa pudesse ser fraco, ele continuava a lutar por ela, o porque não me perguntem, porque eu também não sei. Talvez toda aquela força de vontade fosse a resposta para tudo isto, mais parecia masoquista, por muito que soubesse que ia sair magoado, não desistia, porque até essa palavra não existia na cabeça dele, e muito dificilmente iria existir.

Desculpa, mas simplesmente não consigo…”

…porque aquilo que ela preferia não era o que ele queria. Ele tinha a tendência de tentar fazer coisas que dificilmente seriam bem sucedidas, mas isso para ele não lhe dizia nada, mesmo tendo tido más experiências. Por vezes ele pensava como seria se trabalha-se pelos dois, mas isso era um pouco difícil, apesar de ele não se recusar a fazê-lo.

Todos os dias ele imaginava o que mais queria que acontece-se, e depois disso, ele dizia:

“Foi por isto que eu me esforcei, e será por isto que eu me vou esforçar ainda mais.”

Escorregava-lhe uma lágrima pelo rosto, mas ele não a limpava, pois por cada lágrima que expulsava, mais força lhe dava.

Ele gostava de chorar porque só assim retirava a mágoa que tinha dentro dele. Sentava-se na cadeira em frente à secretária, punha os cotovelos em cima dela e as mãos na cabeça. Ficava ali a pensar enquanto chorava, falava com ele próprio, para lhe dar força a si mesmo. Escrevia como uma forma de conselho para ele, enquanto à volta dele ou se ouvia silêncio, ou se ouvia música…música muito calma mesmo. Era nessas alturas que ele sorria, pois tirava grandes conclusões do que escrevia. Por vezes conclusões boas, por outras, conclusões mais desagradáveis. Mas como ele sempre pensou, nunca devemos de baixar a cabeça.

Quase todos os dias tal processo acontecia, mas ele ficava sempre bem no fim, talvez um pouco em baixo, mas não de todo. Ele sentia saudade de alguém que nunca tinha visto, era algo estranho na cabeça dele…mesmo muito estranho. Todas as noites quando se deitava pensava no dia que tinha tido e no que tinha pensado. Pensava em tudo mesmo, e pensava no que fazer para lutar um pouco mais. Por vezes escrevia com uma foto dela ao lado, mas muito raramente. Mas quando o fazia ficava muito melhor, muito mesmo.

Mas no final de todos os dias ele lembrava-se sempre de uma coisa…lembrava-se que por muito chato que possa ser por vezes, o que sente é sim amor e não uma panca, e todos os dias, pede desculpa por simplesmente…não conseguir desistir de algo difícil, mas também jura por tudo que vai dar tudo o que ele tem, vai dar o que puder dar, vai tentar dar os 100% que ele sente que pode dar.

Ele promete que te vai dar o que tu mereces.

Desculpa.