Bem Vindo!

Bem Vindo!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Rebellion

Porque na tua mente a tua consciência era nula, o teu olhar limitava-se a meros movimentos que nem sequer mostravam a alegria ou o sofrimento que tu passavas, a tua voz, era a secura do milénio, os teus movimentos surgiam de forma lenta, como se estivesses no espaço, lentamente e de maneira seca. Pelas tuas palavras eu me seguia, senta fortemente o paladar de cada uma, umas doces, outras amargas, a tua pele reflectia todo o amor que por ti eu sentia, o teu abraço reflectia todo o amor que ambos sentíamos. Ter-te nos meus braços era firmeza do que eu tinha, era saber que estava seguro, saber que nada e mais nada nos iria separar de um modo geral. Era saber que o teu olhar era magia e que a tua voz corria Quilómetros para subir à montanha mais alta só para eu saber que do teu coração, vinha toda a alegria. O teu saber predominava a minha ideologia quanto a nós, tinha sempre medo disto e daquilo, mas tu sabias, e sabes, sabes sempre, e acertas sempre. A tua vida estava a terminar num abrir e fechar de olhos, a tua sabedoria não sabia curar o que te afectava, lembro-me dos teus bonitos olhos a dizerem-me tudo o que sempre disseste…a darem-me na cabeça pelos erros cometidos, a chorarem por nós, a relembrarem-me de tudo. O teu ciclo vital iria ser recordado mas iria ser demasiado curto. Se talvez houvesse um amor possível de trazer alguém à consciência real…

Sempre me segui pela tua vida, eras como um cão de guia para um cego em que o cego era eu, o ingénuo era eu até aprender contigo que a vida não se suporta com simples toques averiguações do mal e expansões do bem. Pois se a vida é por vezes tão má. Como sabemos separa-la aos bocadinhos para que fique boa? Se calhar é tão impossível como uma pessoa respirar dentro de água. Na minha escrita descrevo a revolta de uma vida normal, a revolta da perda e a revolta da ganha, descrevo a revolta da amizade e do Amor, a revolta do saber e do não saber, a revolta da ignorância que todos temos, a revolta para com os coitadinhos que de coitadinhos não têm nada, a revolta dos que têm tudo e nada fazem, a revolta dos que OUVEM e calam. A revolta dos que sentem que nada sabem porque não podem, a revolta dos toxicodependentes que libertam a sua alma por químicos artificiais ou naturais, a revolta dos que se suicidam, a revolta dos que simplesmente, não dão valor à vida, porque não a sabem viver. “Precisas de dinheiro para viver.” – deixa lá, eu vivo a minha vida com 1 Euro por dia e por vezes nem tanto, tenho tanto amor e amizade a rodear-me a cada desses dias. As vezes posso ficar triste por querer algo e não consegui-lo, mas também só não o consigo porque preciso de dinheiro. Sinto a Revolta com R “GRANDE” dos que deprimem por não ter um tostão e a Revolta dos que não ajudam porque não têm coração. Revolto-me por tudo acontecer e por nada acontecer, simplesmente revolto-me, como vocês também. Será possível passar um dia da minha vida sem um pingo de Revolta de alguma situação?


Se da tua luz eu me alimentar
Então irei morrer,
Pois essa luz está a acabar.
Sou uma flor que se expõe demasiado
Criando laços e conflitos
Caminho em direcção ao nada,
Apenas em espaços e labirintos.

Francisco Patrício, Obrigado. 

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O extremo da vida

No extremo da vida tu perfuravas tudo aquilo que era criado. Nunca acreditaste na verdade de todo o Mundo, não acreditaste que o Sol brilha e que uma nebulosa nasce, pensaste que estavas num Mundo que era nosso, pensavas a Terra vive de nós quando somos nós que vivemos dela, sofreste consequências disparatadas, não acreditaste que uma estrela cadente é um pedaço de rocha vindo do vácuo do Universo, como podes acreditar em ti se não acreditas que o Homem pisou a Lua? Como és capaz de gostar de animais se pensas que a espécie Humana domina e manda? Como queres saber como funciona o ciclo da vida se nem sabes o que queres da tua? Não tens noção da tua capacidade de futilidade quando me mandas à cara que o fútil fui e sou eu. Nem sequer sei para quem escrevo, estas palavras são dirigidas ao nada, mas sinto que servem de alguma coisa e que são para alguém, talvez estou a escrever para tanta gente que me rodeou na vida…tudo num só texto, tudo num só sentimento.

Como me mandaste à cara que fui criança quando não tinhas argumentos sobre a tua incapacidade de explicação? Talvez…não sei. Cria(ram)ste o buraco negro que existe dentro de mim, o espaço sem nada dentro da minha mente, o espaço que absorve tudo o que eu digo e tudo o que eu grito no meu quarto…tudo o que eu parto e tudo o que eu mato. O que é que eu mato? A tua falsidade para comigo, sim, mas preferia matar a tua ignorância para connosco. Preferia que a vossa e a minha desse certo, preferia que a Ciência fosse mais precisa no que estuda, preferia que a Religião não abdicasse dos seus crentes com falsidades, preferia que a Amazónia não fosse alvo de desflorestação, preferia também que a Apollo 13 não tivesse falhado a sua missão, eram mais informações básicas para a sociedade Humana do que está para lá da Atmosfera, preferia que Homens fúteis não fizessem desporto matando animais, preferia que… e vocês, preferem o quê? Eu ainda preferia não ter que passar a vida num escritório e preferia sim, seguir mundo fora de mochila às costas. Preferia que todos vocês não vissem este texto como uma inversão de marcha. Todos somos do século vinte e um e custa-me ver pessoas jovens que não ligam a nada do que aqui escrevi, apenas querem sair, festas, bebida e tabaco… e o Mundo fora? Nenhum de vocês se importa com o que o Homem vai fazendo a este globo azul em que vivemos? Ninguém pesquisou sobre quanto mais tempo durará o Sol? Se calhar quase ninguém sabe que o Gliese 581 c é um dos planetas mais parecidos à Terra e que poderá ser um dos próximos futuros da Humanidade…se calhar há quem não saiba que o Lince Ibérico está em vias de extinção. Preferia muito sinceramente, que as pessoas se preocupassem com o Mundo, pois se cá estão, há que ter o mínimo respeito por ele. 

Foto minha. * Obrigado e desculpem por postar menos.. falta de tempo!