Bem Vindo!

Bem Vindo!

sábado, 28 de novembro de 2009

Darkness


Quando mais por ti lutei, foi quando mais por ti chorei. Quanto mais por ti ouvi, foi quando mais por ti perdi. Perdi recordações e emoções. Ganhei ilusões e vivi sem razões. Deste-me a conhecer algo que não eras, algo que até te custava ser, porque tentas-te ser o que não és? Talvez hoje sabes que perdes-te metade do que tinhas, talvez hoje sei que lutei por alguém que nunca tive.
Tanto escrevi ao som eléctrico da guitarra, tocada por dedos mágicos e sensíveis. Sentia a melodia daquele som, flutuava na minha mente, escrevia tudo de repente, chorava tudo no momento, berrava tudo sem medo do tempo. Fosse tarde ou cedo, não me importava. Vivia num cubículo completamente ferrado, ouvia as tuas palavras baterem-me nos ouvidos e via o ricochete delas nas paredes. Chamava por alguém que via à minha frente, e que tão distante estava… arrepiava-me aquele vulto preto, com roupas rasgadas.


- Tu..ser das trevas, de mim nada levas. –


Berrava eu para esse vulto, que me parecia ser surdo e mudo. Mantinha-se na mesma posição enquanto eu lhe cantava uma canção… sim porque já nada daquilo era uma discussão. Sem querer, criava versos e refrões, entre choros e empurrões, lamentava a minha vida perante o mais desconhecido, tornava-se contagiante aquele lado negro tão vivido… por seres sem alma e sentimento. Corpos flutuantes e desgastantes, seres trespassáveis e insuportáveis. Libertavam um estranho odor, e expressavam estranhas palavras, sussurravam o medo nos meus ouvidos, libertavam adrenalina suja e cruel. Finalmente percebo que ali estavam, esperando-me para o inferno.

- Senhor, Reis das trevas, a mim onde me levas? –


- Para o além que tanto desprezas.




Obrigado. <3

Foto minha.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Chills.


Talvez porque me afectaste e evitaste, sem razão nenhuma choraste. A tua mente flutuava sobre calmas marés, esperava o bom, que levava ao mau. Andavas sobre pés que não existiam, falavas com pessoas que não se viam. Tudo o que existia para ti, era invisível para mim. Davas a mão a alguém mas para mim, não passava de ninguém. Não me deixava cair pelo ciúme outra vez, estava farto de sofrer dia-a-dia, mês-a-mês. Para ti, quem era eu mais uma vez? Falavas-me de algo, mas eu não entendia, mais uma vez, sentido perdia ao passar de cada dia. Não me davas afecto e cada palavra que me dizias, soava como um dialecto. Tudo o que dizias, era novo para mim, mas no entanto, parecia tudo tão igual… já estava farto de tanta espera, e toda a gente desespera. Já não tinha ideias na cabeça, não sabia o que fazer.



Os teus olhos predominavam a minha mente, meu deus, olhava por ti todos os dias. Agarrava a tua mão dia e noite, ouvia a tua palavra dormindo ou acordado, sentia o teu calor, mesmo sabendo que tudo aquilo era imaginação. Calculava os metros de distância. Imaginava os milímetros que seriam desde a ponta do meu dedo do pé ao teu. Vinham-me milhares à cabeça, que me assustavam.



Dentro do meu quarto, contracenava com uma alma perdida, maléfica e não benzida. Tinha medo todas as noites, Dentro dos meus lençóis, imaginava-te lá comigo. Tinha frio, e precisava de ti. Cada noite é um desafio sem ti..


Ajudas-me a passar apenas mais uma noite de arrepios?



Obrigado . * (foto minha)