Bem Vindo!

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sexta-feira, 21 de maio de 2010

O extremo da vida

No extremo da vida tu perfuravas tudo aquilo que era criado. Nunca acreditaste na verdade de todo o Mundo, não acreditaste que o Sol brilha e que uma nebulosa nasce, pensaste que estavas num Mundo que era nosso, pensavas a Terra vive de nós quando somos nós que vivemos dela, sofreste consequências disparatadas, não acreditaste que uma estrela cadente é um pedaço de rocha vindo do vácuo do Universo, como podes acreditar em ti se não acreditas que o Homem pisou a Lua? Como és capaz de gostar de animais se pensas que a espécie Humana domina e manda? Como queres saber como funciona o ciclo da vida se nem sabes o que queres da tua? Não tens noção da tua capacidade de futilidade quando me mandas à cara que o fútil fui e sou eu. Nem sequer sei para quem escrevo, estas palavras são dirigidas ao nada, mas sinto que servem de alguma coisa e que são para alguém, talvez estou a escrever para tanta gente que me rodeou na vida…tudo num só texto, tudo num só sentimento.

Como me mandaste à cara que fui criança quando não tinhas argumentos sobre a tua incapacidade de explicação? Talvez…não sei. Cria(ram)ste o buraco negro que existe dentro de mim, o espaço sem nada dentro da minha mente, o espaço que absorve tudo o que eu digo e tudo o que eu grito no meu quarto…tudo o que eu parto e tudo o que eu mato. O que é que eu mato? A tua falsidade para comigo, sim, mas preferia matar a tua ignorância para connosco. Preferia que a vossa e a minha desse certo, preferia que a Ciência fosse mais precisa no que estuda, preferia que a Religião não abdicasse dos seus crentes com falsidades, preferia que a Amazónia não fosse alvo de desflorestação, preferia também que a Apollo 13 não tivesse falhado a sua missão, eram mais informações básicas para a sociedade Humana do que está para lá da Atmosfera, preferia que Homens fúteis não fizessem desporto matando animais, preferia que… e vocês, preferem o quê? Eu ainda preferia não ter que passar a vida num escritório e preferia sim, seguir mundo fora de mochila às costas. Preferia que todos vocês não vissem este texto como uma inversão de marcha. Todos somos do século vinte e um e custa-me ver pessoas jovens que não ligam a nada do que aqui escrevi, apenas querem sair, festas, bebida e tabaco… e o Mundo fora? Nenhum de vocês se importa com o que o Homem vai fazendo a este globo azul em que vivemos? Ninguém pesquisou sobre quanto mais tempo durará o Sol? Se calhar quase ninguém sabe que o Gliese 581 c é um dos planetas mais parecidos à Terra e que poderá ser um dos próximos futuros da Humanidade…se calhar há quem não saiba que o Lince Ibérico está em vias de extinção. Preferia muito sinceramente, que as pessoas se preocupassem com o Mundo, pois se cá estão, há que ter o mínimo respeito por ele. 

Foto minha. * Obrigado e desculpem por postar menos.. falta de tempo! 

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