
Sempre me segui pela tua vida, eras como um cão de guia para um cego em que o cego era eu, o ingénuo era eu até aprender contigo que a vida não se suporta com simples toques averiguações do mal e expansões do bem. Pois se a vida é por vezes tão má. Como sabemos separa-la aos bocadinhos para que fique boa? Se calhar é tão impossível como uma pessoa respirar dentro de água. Na minha escrita descrevo a revolta de uma vida normal, a revolta da perda e a revolta da ganha, descrevo a revolta da amizade e do Amor, a revolta do saber e do não saber, a revolta da ignorância que todos temos, a revolta para com os coitadinhos que de coitadinhos não têm nada, a revolta dos que têm tudo e nada fazem, a revolta dos que OUVEM e calam. A revolta dos que sentem que nada sabem porque não podem, a revolta dos toxicodependentes que libertam a sua alma por químicos artificiais ou naturais, a revolta dos que se suicidam, a revolta dos que simplesmente, não dão valor à vida, porque não a sabem viver. “Precisas de dinheiro para viver.” – deixa lá, eu vivo a minha vida com 1 Euro por dia e por vezes nem tanto, tenho tanto amor e amizade a rodear-me a cada desses dias. As vezes posso ficar triste por querer algo e não consegui-lo, mas também só não o consigo porque preciso de dinheiro. Sinto a Revolta com R “GRANDE” dos que deprimem por não ter um tostão e a Revolta dos que não ajudam porque não têm coração. Revolto-me por tudo acontecer e por nada acontecer, simplesmente revolto-me, como vocês também. Será possível passar um dia da minha vida sem um pingo de Revolta de alguma situação?
Se da tua luz eu me alimentar
Então irei morrer,
Pois essa luz está a acabar.
Sou uma flor que se expõe demasiado
Criando laços e conflitos
Caminho em direcção ao nada,
Apenas em espaços e labirintos.
Francisco Patrício, Obrigado.