Eram aqueles olhos que me faziam flutuar sobre a harmonia que criava em mim próprio, era aquele olhar que me deixava completamente fora de mim, fora de tudo o que se podia imaginar. Só de olhar para eles, o meu sorriso rasgava completamente, e nem forças tinha para parar de sorrir. Mas, sorria mais quando aquele olhar, era meu só e só meu…. Sorria, chorava de alegria por ter aquilo, que para mim era único demais, os olhos dela eram as minhas duas jóias sem dúvida alguma. Os contornos, a cor, o brilho que era mais forte que tudo, tinha desaparecido de mim, porque perdi algo jamais recuperável. Que posso eu dizer do teu charme? O teu perfume que me guia até ti, a tua voz que se ouvia entre as ruas daquela cidade, o sorriso que se via a metros de distância e os olhos que brilhavam da ponta de uma avenida à outra. Nessas noites em que a cidade ficava deserta, lembro-me da avenida, que comprida era, e larga também, mas nessas noites nem um carro, nem sequer um táxi amarelo se via por ali. Relembro-me que andávamos na mesma direcção para nos abraçarmos e parecia que ficávamos no mesmo sítio. Tínhamos um sítio tão espaçoso e mal cabíamos ali os dois. Eu gritava para ti dizendo que te queria de volta, tu respondias dizendo que não iria dar, pelo menos naqueles tempos. Choravas, enquanto borravas a tua maquilhagem, reparei nos teus olhos ficarem tristes e o teu brilho desaparecer, e de repente, cais de joelhos sobre o chão e lamentas-te por tudo. Escorre-me uma lágrima pelo olho e mais outra, sensível como sou, começo a chorar. Queria agarrar-te e não conseguia, só pensava porque raio não saímos do mesmo sítio. Gritei bem alto e disse para não chorares, quando me calei, ouvi a minha voz entre todas aquelas ruas…estávamos em tal solidão, que não existia ninguém à nossa volta. Ouvia o teu choro como se fosse um filme de terror, ouvia-o longe e calmo, mas fazia confusão porque era o único barulho que eu ouvia ali. Tinha tanta mágoa… a chuva era intensa a trovoada também, estava uma das noites mais escuras de sempre, nem lua havia. Passado um pouco começo a esticar os braços para ver se tinha algo à minha frente, mas não tinha nada, por isso não percebia porque não andava dali. Com calma estiquei uma perna e outra, e com mais calma fui andando, até que cheguei a ti. Olhas-te para mim e sorris-te com toda a força que tinhas, vi os teus olhos brilharem de alegria! Baixei-me e aconcheguei-te a mim e fechei os olhos e ficamos ali, agarrados um ao outro. Quando voltei a abri-los estávamos no mesmo sitio, mas à nossa volta já existiam pessoas, carros e barulho. Apenas te viraste para mim e disseste:
“Agora já dá.”
E largas-te a expressão mais bonita da tua cara que alguma vez me podias ter mostrado.
Está fantástico. *O*
ResponderEliminarEstá perfeito. *O*
Amei. +_+
Beijinhos, Francisco.*
Está muito o bonito o texto. (:
ResponderEliminarBeijinhos. ^^
Está tão lindo, Chiquinho! *-*
ResponderEliminarNem há palavras para descrever. :'3
Beijinhoo * <3
Está brutal :o *-*
ResponderEliminarSempre ouvi dizer que "a esperança é a última a morrer" .
Sabes meu Chicão ...
beijinho *** <3
Desculpa invadir, mas isto está lindo *.*
ResponderEliminarParabéns (:
O texto está lindo, perfeito +.+
ResponderEliminarAs lágrimas vieram ao meu encontro :')
Vou seguir o teu blog, ler cada letra de cada texto teu :)
Amei o texto, fica bem ^^.
Que talento Francisco (:
ResponderEliminarnão vinhas cá kiko?:O
ResponderEliminarBoa puto....continua a escrever!!
ResponderEliminar(só tens que corrigir alguns erros que têm a ver com o passado e o presente dos verbos)
viras-te = presente
viraste = passado
vê os tempos de verbos que escreveste aqui e percebe as correcções....
Beijinhos do Pai
que sonho *.*
ResponderEliminaradorei sem duvida este texto , penso sse por acaso nao foi o melhor texto que ja li teu :o
continua , ly «3