- Tu..ser das trevas, de mim nada levas. –
- Senhor, Reis das trevas, a mim onde me levas? –
Talvez porque me afectaste e evitaste, sem razão nenhuma choraste. A tua mente flutuava sobre calmas marés, esperava o bom, que levava ao mau. Andavas sobre pés que não existiam, falavas com pessoas que não se viam. Tudo o que existia para ti, era invisível para mim. Davas a mão a alguém mas para mim, não passava de ninguém. Não me deixava cair pelo ciúme outra vez, estava farto de sofrer dia-a-dia, mês-a-mês. Para ti, quem era eu mais uma vez? Falavas-me de algo, mas eu não entendia, mais uma vez, sentido perdia ao passar de cada dia. Não me davas afecto e cada palavra que me dizias, soava como um dialecto. Tudo o que dizias, era novo para mim, mas no entanto, parecia tudo tão igual… já estava farto de tanta espera, e toda a gente desespera. Já não tinha ideias na cabeça, não sabia o que fazer.
Os teus olhos predominavam a minha mente, meu deus, olhava por ti todos os dias. Agarrava a tua mão dia e noite, ouvia a tua palavra dormindo ou acordado, sentia o teu calor, mesmo sabendo que tudo aquilo era imaginação. Calculava os metros de distância. Imaginava os milímetros que seriam desde a ponta do meu dedo do pé ao teu. Vinham-me milhares à cabeça, que me assustavam.
Dentro do meu quarto, contracenava com uma alma perdida, maléfica e não benzida. Tinha medo todas as noites, Dentro dos meus lençóis, imaginava-te lá comigo. Tinha frio, e precisava de ti. Cada noite é um desafio sem ti..
Ajudas-me a passar apenas mais uma noite de arrepios?
Obrigado . * (foto minha)